terça-feira, 17 de março de 2009

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO

' O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

"Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'.
Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro.
Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social."
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

"O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme.
Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café.Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins.
Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
' E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar..
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim.
O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado.
Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis.
Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia
passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqÃ?ento a casa deles nas periferias.
Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome.
São tratados como se fossem uma 'COISA'. "

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

quinta-feira, 12 de março de 2009

AOS PORTEIROS DO REINO DE DEUS! – CAIO FABIO

Jesus parece sempre ter feito questão de deixar os cheios de suas próprias certezas presunçosas e arrogantes, incertos e vazios em Sua presença.
Aliás, foi Maria quem, no contexto do Evangelho, primeiro disse que Jesus seria assim.
“Despedirá vazios os soberbos, arrogantes e poderosos, e acolherá os pobres da terra” — disse ela.
Além disso, foi também dito acerca Dele pelo velho Simeão, que Ele seria “objeto de contradição”.
Ele, todavia, jamais se contradisse. A contradição era o que vinha dos outros, pois, supostamente, quem deveria amá-Lo, o odiou, e quem deveria rejeitá-lo, o amou.

E foi de contradição em contradição [não dele a contra-dição] que Ele andou entre espinhos, abrolhos e lírios do campo.
Ele via espinhos onde se dizia que era o Jardim Religioso de Deus: o Templo e a religião, com seus funcionários supostamente do interesse de Deus e da vida;, e pensava: "Aqui é o deserto!"
Ele via lírios onde se dizia que somente havia lixo; ou seja: entre coletores de impostos, meretrizes e gente considerada pecadora por ser sem religião ou informação religiosa; e dizia: "Aqui é o campo para o Jardim de Deus".
Ele nunca se contradisse, mas o que dizia dividia o mundo!
Daí se dizer que Ele seria como uma Espada.
Ele próprio disse que trazia a espada e que seu batismo seria de fogo.
No caminho, todavia, Ele foi pontuando as incertezas que poderiam, em sendo acolhidas, salvar os certos das certezas.
Assim Ele diz que o reino de Deus seria como um grande banquete no qual estariam presentes todos os que a Religião deixaria fora, enquanto, de fato, estariam de fora os que tinham o suposto poder de dizer quem entraria ou sairia.
Ele, entretanto, não disse nada que pudesse melhorar o desconforto dos donos das certezas.
Ao contrario, disse: “Muitos virão do Norte, do Sul, do Oriente e do Ocidente, e tomarão lugar na mesa do reino de Deus com Abraão, Isaque e Jacó, enquanto ‘os filhos do reino’ ficarão de fora”.
Ora, os que Ele chamou de ‘os filhos do reino”, são os que assim se consideravam, na mesma medida em que desconsideravam os outros!
Portanto, é fácil saber quando uma pessoa mudou de time e agora joga no time do inimigo de Jesus:
Toda pessoa que julga ter recebido de Deus a chave que abre para os outros entrarem ou que fecha para que ninguém entre — esse tal já está fora e não sabe ou não quer admitir.
“As chaves do reino de Deus”, conforme Jesus mencionou a Pedro, não é uma chave que serve no portão do céu.
Também não é uma chave para o coração dos outros.
Menos ainda é uma chave que abra acesso espiritual à ninguém; e que também seja útil a quem julgue que tenha o poder de fechar para que ninguém entre.
Somente Jesus abre e ninguém fecha; fecha e ninguém abre!
“As chaves do reino de Deus” abrem apenas onde o braço do homem [e olhe lá!] pode abrir, que é o seu próprio coração.
E porque essas “chaves do reino de Deus” são da natureza intima que são, é que Jesus diz à Igreja em Éfeso que eles tinham a chave que poderia abrir a porta para eles mesmos; e tais “chaves do reino de Deus” existiam neles para que eles mesmos se abrissem.
"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, comerei com ele e ele comigo".
É nessa despretensão que caminha o verdadeiro discípulo!
Ele sabe, com alegre surpresa, que está dentro; porém, não ousa dizer quem está fora; posto que no dia que o faça seja porque ele mesmo já não esteja dentro.
Somente se preserva em Deus quem anda nesse espírito!
Os donos das certezas para os outros são os que estão andando para o buraco assoviando acerca da suposta desgraça dos diferentes, enquanto a viagem que a pessoa faz seja apenas para o fundo do buraco, embora ela chame isso de caminho do reino de Deus.
Portanto, abra o olho; e, enquanto pode, salve-se do engano.
Salvo em Jesus é quem não tem outra certeza senão a de que pela Graça [favor imerecido] está salvo.

Nele, que nos chama todos os dias para o arrependimento que sempre nos põe no bom lugar da Graça,

Caio
12 de março de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

quarta-feira, 4 de março de 2009

Reflexão

Mário Quintana

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca
dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta
de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente
não voltará mais.'

terça-feira, 3 de março de 2009

O Pensamento de Parmênides - Wikipédia

"Ser ou não ser, eis a questão" W. Shakespeare

O Pensamento de Parmênides está exposto num poema filosófico intitulado Sobre a Natureza, dividido em duas partes distintas: uma que trata do caminho da verdade (alétheia) e outra que trata do caminho da opinião (dóxa), ou seja, daquilo onde não há nenhuma certeza. De modo simplificado, a doutrina de Parmênides sustenta o seguinte:
• Unidade e a imobilidade do Ser;
• O mundo sensível é uma ilusão;
• O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável.
Devido a essas características, alguns vêem no poema de Parmênides o próprio surgimento da ontologia. Ao mesmo tempo, o pensamento de Parmênides é tradicionalmente visto como o oposto ao de Heráclito de Éfeso, para alguns estudiosos: Parmênides fundou a metafísica ocidental com sua distinção entre o Ser e o Não-Ser. Enquanto Heráclito ensinava que tudo está em perpétua mutação, Parmênides desenvolvia um pensamento completamente antagônico: “Toda a mutação é ilusória”. Parmênides vai então afirmar toda a unidade e imobilidade do Ser. Fixando sua investigação na pergunta: “o que é”, ele tenta vislumbrar aquilo que está por detrás das aparências e das transformações. Assim, ele dizia: “Vamos e dir-te-ei – e tu escutas e levas as minhas palavras. Os únicos caminhos da investigação em que se pode pensar: um, o caminho que é e não pode não ser, é a via da Persuasão, pois acompanha a Verdade; o outro, que não é e é forçoso que não seja, esse digo-te, é um caminho totalmente impensável. Pois não poderás conhecer o que não é, nem declará-lo.”
Numa interpretação mais aprofundada dos fragmentos de Heráclito e Parmênides, podemos achar um mesmo todo para os dois e esta oposição entre suas visões do todo passa a ser cada vez menor.
Parmênides comparava as qualidades umas com as outras e as ordenava em duas classes distintas. Por exemplo, comparou a luz e a escuridão, e para ele essa segunda qualidade nada mais era do que a negação da primeira. Diferenciava qualidades positivas e negativas e, esforçava-se em encontrar essa oposição fundamental em toda a Natureza. Tomava outros opostos: leve-pesado, ativo-passivo, quente-frio, masculino-feminino, fogo-terra, vida-morte, e aplicava a mesma comparação do modelo luz-escuridão; o que corresponde à luz era a qualidade positiva e o que corresponde à escuridão, a qualidade negativa. O pesado era apenas uma negação do leve. O frio era uma negação do quente. O passivo uma negação ao ativo, o feminino uma negação do masculino e, cada um apenas como negação do outro. Por fim, nosso mundo dividia-se em duas esferas: aquela das qualidades positivas (luz, quente, ativo, masculino, fogo, vida) e aquela das qualidade negativas (escuridão, frio, passivo, feminino, terra, morte). A esfera negativa era apenas uma negação da esfera positiva, isto é, a esfera negativa não continha as propriedades que existiam na esfera positiva. Ao invés das expressões “positiva” e “negativa”, Parmênides usa os termos metafísicos de “ser” e “não-ser”. O não-ser era apenas uma negação do ser. Mas ser e não-ser são imutáveis e imóveis. No seu livro: Metafísica, Aristóteles expõe esse pensamento de Parmênides: “Julgando que fora do ser o não-ser é nada, forçosamente admite que só uma coisa é, a saber, o ser, e nenhuma outra... Mas, constrangido a seguir o real, admitindo ao mesmo tempo a unidade formal e a pluralidade sensível, estabelece duas causas e dois princípios: quente e frio, vale dizer, Fogo e Terra. Destes (dois princípios) ele ordena um (o quente) ao ser, o outro ao não-ser.”

O Vir-a-Ser
Quanto às mudanças e transformações físicas, o Vir-a-Ser, que a todo instante vemos ocorrer no mundo, Parmênides as explicava como sendo apenas uma mistura participativa de ser e não-ser. “Ao vir-a-ser é necessário tanto o ser quanto o não-ser. Se eles agem conjuntamente, então resulta um vir-a-ser”. Um desejo era o factor que impelia os elementos de qualidades opostas a se unirem, e o resultado disso é um vir-a-ser. Quando o desejo está satisfeito, o ódio e o conflito interno impulsionam novamente o ser e o não-ser à separação. Parmênides chega então à conclusão de que toda mudança é ilusória. Só o que existe realmente é o ser e o não-ser. O vir-a-ser é apenas uma ilusão sensível. Isto quer dizer que todas as percepções de nossos sentidos apenas criam ilusões, nas quais temos a tendência de pensar que o não-ser é, e que o vir-a-ser tem um ser.

O Ser-Absoluto
Toda nossa realidade é imutável, estática, e sua essência está incorporada na individualidade divina do Ser-Absoluto, o qual permeia todo o Universo. Esse Ser é omnipresente, já que qualquer descontinuidade em sua presença seria equivalente à existência de seu oposto – o Não-Ser. Esse Ser não pode ter sido criado por algo pois isso implicaria em admitir a existência de um outro Ser. Do mesmo modo, esse Ser não pode ter sido criado do nada, pois isso implicaria a existência do “Não-Ser”. Portanto, o Ser simplesmente é. Simplício, em seu livro Física, assim nos explica sobre a natureza desse Ser-Absoluto de Parmênides: “Como poderia ser gerado? E como poderia perecer depois disso? Assim a geração se extingue e a destruição é impensável. Também não é divisível, pois que é homogêneo, nem é mais aqui e menos além, o que lhe impediria a coesão, mas tudo está cheio do que é. Por isso, é todo contínuo; pois o que é adere intimamente ao que é. Mas, imobilizado nos limites de cadeias potentes, é sem princípio ou fim, uma vez que a geração e a destruição foram afastadas, repelidas pela convicção verdadeira. É o mesmo, que permanece no mesmo e em si repousa, ficando assim firme no seu lugar. Pois a forte Necessidade o retém nos liames dos limites que de cada lado o encerra, porque não é lícito ao que é ser ilimitado; pois de nada necessita – se assim não fosse, de tudo careceria. Mas uma vez que tem um limite extremo, está completo de todos os lados; à maneira da massa de uma esfera bem rotunda, em equilíbrio a partir do centro, em todas as direções; pois não pode ser algo mais aqui e algo menos ali.” O Ser-Absoluto não pode vir-a-ser. E não podem existir vários “Seres-Absolutos”, pois para separá-los precisaria haver algo que não fosse um Ser. Consequentemente, existe apenas a Unidade eterna. Teofrasto relata assim esse raciocínio de Parmênides: “O que está fora do Ser não é Ser; o Não-Ser é nada; o Ser, portanto, é Um.”

domingo, 22 de fevereiro de 2009

AME E NÃO SE OCUPE DO PECADO! – Caio Fabio

Uma mulher invade a casa onde Jesus está. Entra e beija-lhe os pés, molha-os com lágrimas e os enxuga com seus próprios cabelos.
O dono da casa julgava a mulher e julgava a Jesus. A mulher por ser uma “pecadora” da cidade e Jesus por aceitar o amor dela.
Jesus, porém, disse que aquela mulher amara muito, por isto, seus pecados estavam perdoados, pois aquele que muito ama, a esse tal muito se perdoa.
Sim! Pois o verdadeiro amor faz absolvição de tudo e todos.
Não somente cobre multidão de pecados dos outros, pois, perdoa sempre; mas, também, recebe absolvição de pecados, pois, quando se erra em razão de ignorância, porém, amando...; o amor sara diante de Deus e dos homens o erro daquele que, amando, estava equivocado; pelo menos assim será ante os olhos e sentidos dos que, pelo tempo, continuarem a ver a jornada do ser que ama.
Os pecados dos que erram amando são perdoados sempre; até porque ninguém que de fato ame usará o amor como pretexto para o pecado.
Além disso, quem ama não planeja o erro e nem tampouco age errado tendo o passado de amor como álibi para o erro deliberado de agora.
O amor no máximo se equivoca, mas não delibera o pecado.
Entretanto, o amor não mata nunca, não ofende conscientemente jamais, e não intenta armadilha sob qualquer hipótese.
Portanto, se você diz que é capaz de matar por amor, de ofender por amor e de armar cenários irreais por amor — saiba: não é amor que existe em você.
É que quase ninguém mais sabe o que é amor; exceto, talvez, por filhos ainda se saiba alguma coisa...
O amor não diz “é meu” quando o objeto do amor anda em outra direção.
O amor não diz não pode para um objeto de amor adulto, quando o tal amado mostrar que sua deliberação seja outra.
O amor não obriga ninguém a ficar...
O amor não engana o próximo...
O amor não sabe manipular...
O amor não fica triste quando o sucesso do objeto do amor não passa pelo ser que ama.
O amor conhece o zelo, mas não sabe conviver com o ciúme; pois, em havendo ciúmes, o amor sempre sabe que não é o seu poder que está sendo exercido.
O amor somente aceita amor que seja amor como troca.
O amor sabe que seu maior falsificador é paixão e suas passionalidades.
Desse modo, o verdadeiro discípulo, sabe que não há nenhuma Lei sobre ele como detalhamento de comportamento, posto que o amor seja o cumprimento da Lei de Deus, só que motivada pelo amor.
Portanto, mudando o paradigma imposto por milênios de Religião, deixe de perguntar “o que eu posso?” — e apenas pergunte: “O que estou sentindo, fazendo e propondo passa pelo crivo do seja amor?”
Agora leia Gálatas cinco, todo o capitulo, e, ao ler, tenha em mente o que amor seja; pois, agora, eu sei que você entenderá o caminho do discípulo de Jesus conforme proposto por Paulo no texto que peço a você que leia.

Nele, que nos chama não para as regras, mas para a Lei do Amor,

Caio
19 de fevereiro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

sábado, 21 de fevereiro de 2009

FALANDO EM DESCONFORTOS por Carlos Bregantim

"Um leproso-pecador é sempre um desconforto repugnante entre os sãos-santos, por isto usavam um sino no pescoço para avisar que estavam chegando. Claro, por esta razão viviam em comunidades onde todos tinham algum tipo de lepra-pecado, pois, ali se sentiam incluídos e respeitados"
O mundo religioso é insuportável, mas, é o mundo dos sãos-santos . Uma vez ex-comungado dele, só resta a comunidade dos leprosos-pecadores.
Sim, é assim, e a pergunta dos sãos-santos é, "o que ele, o leproso está fazendo aqui?" ou, "o que fazemos com ele, o leproso-pecador, já que está entre nós?" ou ainda quem sabe, "ninguém avisou pra ele, o leproso-pecador, que não devia estar aqui?" e por ai vai. Nossa, quantas perguntas são feitas em episódios assim, isto é, quando um leproso-pecador invade o reino dos sãos-santos das instituições religiosas.
Alguns até tentam agir com solidariedade, bondade, mas, leproso sangra o tempo todo. É inconveniente. É uma denuncia o tempo todo. Um leproso presente escancara a lepra de todos. Ninguém fica impune. Melhor que ele não estivesse aqui. Melhor que não viesse. Melhor que procurasse seus pares leprosos.
O paradoxo é que entre os leprosos-pecadores há alegria, respeito, solidariedade, perdão, cura, dignidade, pois, todos estão sangrando, mas, na comunidade dos sãos - santos há desconforto, tristeza, estranhezas, pois, sangram, mas, não podem mostrar que sangram.
Que bom que o Cordeiro Santo, curvou-se e tocou em leprosos e os curou e os re-integrou e devolveu-lhes dignidade.
Devolver a dignidade aos seres humanos é uma tarefa para toda vida, até porque,, o diabo zomba de Deus quando um ser humano é ridicularizado e excluído.
Pior ainda, é quando assistimos um ser humano andando de quatro no palco de uma instituição religiosa, crendo que esta humilhação é necessária para ser liberto.

É ai, e em muitas outras ocasiões que uma instituição religiosa se põe a serviço do inferno, quando, expõe ao ridículo um ser humano feito à imagem e semelhança do Eterno.
A exposição publica, a execração publica, o constrangimento publico são instrumentos comuns em praticas religiosas.
Que nunca sejamos assim, e que estas nunca sejam nossas praticas, antes, aos que menos honra merecem, que sejam os mais honrados entre nós.
Entre o seguidores de Jesus de Nazaré tem que ser assim. Não importa onde se reúnem. Não importa onde se encontram. Não importa as estruturas e sistemas que tenham sido criados. Não importa os títulos e os nomes denominacionais. Não importa os dias e horas onde se encontram. Importa que, em sendo seguidores de Jesus de Nazaré, o ser humano seja acolhido, inserido, incluído, liberto, curado, salvo de si mesmo e todo tipo de opressão, fardos, jugos.
Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, à imagem e semelhança do Eterno lhes sejam resgatadas.
Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, o nu seja vestido. O desabrigado encontre abrigo. O algemado, seja quais forem as algemas, sejam libertos. Os de almas aflitas sejam acalmados e pacificados. Os de espírito perturbado encontre discernimento e equilíbrio.
Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, hajam relacionamentos qualitativos. Que haja busca de uma espiritualidade sadia, que não explora, não defrauda, não aprisiona, não culpa.
Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, ninguém seja convocado para construir prédios, organizações, sistemas, projetos, ministérios, mas, sejam convocados a se re-construírem como seres humanos e a contribuir com a re-construção de outros seres humanos de modo que, todos se tornem melhores como gente, como pessoas, como homens e mulheres de bem para fazer o bem sempre.

Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, a única aliança a ser feita seja com aquEle que se fez Aliança por nós, Jesus, o Cristo de Deus, em quem todos nós fomos justificados e reconciliados com o Pai Eterno.
É assim que é, porque é assim que tem que ser entre os seguidores de Jesus de Nazaré.
Se você está num lugar assim, não saia dele. Fique ai. Sirva e se reparta alegremente.
Se você não está em um lugar assim, procure um lugar que seja assim.
Se você já é dos que não está em lugar algum, encontre mais um, e comecem algo bom entre vocês, e quem sabe, outros tantos virào para juntos servirem a Jesus e as pessoas.

Graça, paz & todo bem a você e sua casa.

Carlos Bregantim

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ENTRE MERCADORES, LIBERAIS E ORTODOXOS! - Caio Fabio

Cada vez mais conheço cristãos que não crêem em Jesus.

Cristãos e sacerdotes da religião cristã, mas, assim mesmo, atendem com mais facilidade qualquer valor ou estratégia, do que à Palavra de Jesus.

Tanto fez se são de linha extremada, exemplo: Neo-Pentecostal; ou se são da linha dos chamados Liberais.

Não importa. Os primeiros não crêem porque brincam com o nome de Jesus, enganando o povo sem pudor e sem temor de qualquer juízo de Deus. Já os do 2º grupo, não crêem também; embora, sem a insinceridade malévola dos primeiros.

Entretanto, tanto faz...

Os primeiros organizam “igrejas-franquias” para ganhar dinheiro. Todas elas são franquiadas... Recaíra sobre eles o que Jesus garantiu em Mateus sete que virá sobre todo lobo vestido de ovelha.

Já os de linha oposta, os chamados Liberais, não crêem também, mas, como são pessoas mais sutis e sofisticadas, desenvolvem meios psicológicos de permanência na “igreja” e até no “ministério”, pois, além do sustento, têm na “igreja” uma confraria, um Lions, uma maçonaria de velhas amizades e de cânticos saudosos; valores psicológicos importantes para eles. Além disso, muitos precisam do púlpito como forma de catarse; do contrario, enlouquecem ou surtam seriamente.

Em meio a esses pólos, temos os Ortodoxos semi-Ateus. Perguntados sobre Deus, eles dizem que crêem. Mas o negam por todas as suas ambições e demonstrações de culto à instituição, como se esta fosse o próprio Deus.

Assusta-me ver como muitos pastores conseguem ficar pregando anos e anos aquilo no que não crêem.

Sim! Muitos e muitos deles não crêem mais...

Do 1º grupo, dos extremados neo-pentecostais, se pode dizer: “O meu povo perece por falta de conhecimento”.

Do 2º grupo, todavia, tem-se que dizer: “O meu povo perece por causa de seu suposto conhecimento”.

Já do 3º grupo, o dos Ortodoxos, tem-se que afirmar: “Meu povo perece por falta de amar!

Ao mesmo tempo, quando vejo que qualquer das três tendências acima mencionadas, se misturam a algo que poderíamos chamar de “sincera ignorância”, o produto é sempre o mesmo: uma espiritualidade de emblemas, de ritos, de cultos e de afirmações de crença — as quais serão tão mais importantes quanto sejam ou inconvenientes ou apenas escandalizadoras; neste último caso a relação com o escândalo é mais fácil de se apresentar nos do 1º e nos do 2º grupos; posto que os Ortodoxos somente escandalizem pela Fobia do Escândalo que os possui como um demônio.

Quando o pastor de tal possibilidade espiritual é ainda sincero, vê-se que seu culto se dirige à Bíblia ou à Igreja. Mas não se sente que ele tenha nada além de fé como correção doutrinaria diante de seus olhos, existindo quase sempre infeliz e oco de amor.

Intimidade com Deus, então, passa longe.

Confiança e regozijo na esperança da Glória... desvanecem.

Coragem de pregar o Evangelho, simples como ele é, soa como atraso para uns, e, para outros, como falta de visão de mercado.

Os Ortodoxos, no entanto, temem e tremem...; mas amam mais as suas tradições do que a simples verdade do Evangelho; posto que se fossem do Evangelho, e tão somente do Evangelho, isso lhes tiraria os dois deuses que cultuam: a Bíblia, como livro inerrante, e a Igreja, como algo a ser defendido até a morte na Terra; e os colocaria no chão instável da fé que apenas segue a Jesus sem fazer perguntas e sem acrescentar pesos.

O fato é que quem ama, ama a “igreja”; quem trabalha, usa a “igreja”; quem não crê, mas poesia a fé, o faz como recurso de sobrevivência psicológica, tendo a “igreja” como Divã. Já os Ortodoxos, que amam a Deus como conceito Bíblico, esses existem tão vivos quanto a Estatua de Calvino.

Os 1ºs reúnem muito povo para alcançar muito dinheiro. Os 2ºs tentam acalentar almas igualmente saudosas de Deus como as deles próprios. Os 3ºs amam a Deus nas letras das doutrinas... E dizem: “...se ninguém ouvir e ninguém ficar, não importa...”; posto que eles continuarão debruçados sobre o Livro..., masturbando-se com os contornos e nuances das doutrinas...

Enquanto isto, quem teria pique para trabalhar, engana; quem teria mente para ensinar, descrê; e quem teria caráter para ser um Pilar de saúde, torna-se apenas uma Estatua de Sal.

Em algum lugar se ouve o grito do profeta:

Sai do meio dela, povo meu!

Caio

20 de fevereiro de 2009

Lago Norte

Brasília

DF